quarta-feira, 5 de março de 2014

Cinco Verdades sobre Gladiadores

1) Embora fossem escravos, os gladiadores eram ídolos das multidões, sendo amados e admirados pelas multidões e pelos nobres, tal e qual os jogadores de futebol hoje em dia, por exemplo. Eles viviam em casas confortáveis e tinham seus próprios escravos para servi-los.

2) Relacionamentos amorosos entre gladiadores e nobres eram comuns e, desde que nada se tornasse público, não haviam grandes problemas com relação a isso.

3) Não havia qualquer lei dentro do direito romano que estipulasse um numero determinado de lutas ou vitórias para que um gladiador se tornasse livre. Muitos eram recompensados com sua liberdade devido a exibições extraordinárias mas isso era uma benesse concedida pelo dono do escravo e não uma imposição legal. Muitos gladiadores, inclusive, continuavam a lutar ou a atuar no ciclo de lutas mesmo após conquistarem a liberdade.

4) A maioria das lutas não era até a morte. Geralmente as lutas que eram até a morte eram aquelas que contavam com prisioneiros que eram condenados a morte e iam para as arenas enfrentar gladiadores em início de carreira ou animais selvagens.

5) O gesto teatral do polegar estendido ou rebaixado para indicar a condenação ou salvação do gladiador é uma invenção do cinema épico comercial estadunidense. Não há qualquer evidência que tal prática existisse nas lutas de gladiador em Roma.

Cinco Verdades sobre as Termas Romanas

1) Mais do que simples casas de banho, as termas eram uma parte fundamental da vida política, econômica e cultural dentro das Urbes (cidades) romanas. Acordos comerciais eram firmados, tratados diplomáticos eram assinados e apresentações teatrais eram executadas dentro dos limites das termas sendo, nesse sentido, mais importantes até do que os imponentes coliseus e pistas de corrida.

2) Juntamente com as construções que compunham o fórum, centro nervoso de qualquer cidade romana, as termas eram os primeiros edifícios públicos a serem pensados e erguidos, sempre que os romanos construíam uma nova cidade.

3) Importantes centros urbanos do Império Romano (como a atual cidade de Bath, na Inglaterra) foram construídos única e exclusivamente em função das fontes termais existentes no local.

4) Pompéia, uma das mais belas e destacadas cidades romanas dentro da península itálica era famosa por suas imensas termas e pela grande quantidade de fontes termais. Ironicamente, a razão da fama da cidade foi, também, a causa de sua ruína pois as fontes existiam devido a proximidade com o monte Vesúvio, vulcão cuja a erupção em 79 destruiu por completo tanto Pompéia quanto a cidade vizinha de Herculano.

5) Uma das áreas mais visitadas dentro das termas de Tito (erguidas em 89 d.C.) era o chamado "Salão dos Golfinhos" que consistia de um grande recinto, repleto de latrinas, cujos assentos eram moldados na forma de golfinhos. Os patrícios e os cavalheiros da cidade iam tratar de seus negócios ali, discutindo tratados comerciais e apoios políticos enquanto realizavam suas necessidades fisiológicas.

Cinco Verdades sobre Arquitetura e Arte romanas

1) A principal fonte de inspiração da arquitetura romana, na verdade, a arquitetura etrusca. Os elementos da arquitetura grega somente foram incorporados tardiamente e, de modo geral, apenas na arquitetura monumental (palácios, templos, estátuas, etc.)

2) Um dos elementos mais originais da arquitetura romana era a arte com mosaicos. Os mosaicos se tornaram especialmente populares na porção oriental do império, tornando-se uma marca registrada da arte bizantina

3) Em termos culturais, o gosto dos romanos se aproximava muito mais de nossos gostos de hoje do que dos gregos antigos. O romano médio tinha mito mais interesse por eventos esportivos do que por dança, musica ou teatro.

4) Os famosos jogos de gladiadores eram uma mistura de MMA com teatro. Muitos combates eram encenações de batalhas históricas ou de lendas, sendo apresentadas e narradas por coros com máscaras que lembravam muito os coros das peças de teatro gregas.

5) Entre os plebeus o grafite e as paródias eram bastante comuns, principalmente aquelas que ridicularizavam figuras públicas ou que tinham forte conotação sexual.

Cinco Verdades sobre a Guerra de Troia

1) Embora ainda exista muita discordância sobre se a guerra de Troia realmente existiu, atualmente os historiadores tendem a acreditar que a narrativa de Homero foi baseada em um conflito real, de larga escala, ocorrido, pelo menos quinhentos anos antes da Ilíada ter sido escrita.

2) Por volta de 1870, arqueólogos encontraram os restos da cidade de Ilios que teria sido a inspiração para que Homero criasse a cidade de Troia em seu poema (daí o poema original chamar-se a Ilíada).

3) O confronto original provavelmente envolveu dois grande impérios da época (Hititas e Egípcios), que mantinham sob seu controle diversas cidades estados na região dos mares Egeu e Mediterrâneo. Nesse sentido, a guerra de Troia teria contado com a participação de tropas enviadas da Europa (Mundo Grego), África (Egito) e ásia (Hititas, Mesopotâmios) o que faria dela o primeiro conflito em escala mundial da história humana.

4) Os dados da Ilíada sobre a guerra são terrivelmente exagerados em uma clara tentativa de exaltar a força dos gregos. Por exemplo: segundo a narrativa de Homero, os gregos teriam enviado uma frota de cem mil navios contra os troianos. Levando em conta que cada trirreme grego precisava de uma tripulação efetiva de cerca de 25 pessoas para ser operado, isso quer dizer que as forças gregas totalizavam mais de dois milhões e meio de soldados o que, na época (final da era do bronze), representava cerca de 60% de toda a população mundial.

5) Helena de Troia, a mortal cuja beleza rivalizava coma das próprias deusas do Olimpo, muito provavelmente tinha traços árabes e/ou africanos visto que, de acordo com certos relatos contidos na Iliada e na Odisséia, ela seria proveniente ou das cidades na costa da Ásia menor (Turquia hoje em dia) ou da Líbia (litoral mediterrâneo da África), contrastando em muito com a visão perpetrada pela literatura ocidental e pelo cinema comercial estdunidense que,em geral, a descrevem como uma mulher loira de brilhantes olhos azuis.

Cinco Verdades Sobre os Vikings



1) O termo "Viking" não era usado para designar um povo mas sim um determinado período da vida dos escandinavos, em outras palavras, Viking era aquele que saia de sua terra e partia em uma viagem de saque. A maioria dos Vikings levava uma vida tranquila em suas terras, agindo como construtores, agricultores e comerciantes quando não estavam invadindo outros países e saqueando outros povos.

2) Os Vikings não eram guerreiros bárbaros e sanguinários. Uma de suas principais ocupações era o comércio sendo que, nos locais onde eles se estabeleceram, foram criadas grandes rotas comerciais que integravam portos e países de, pelo menos, dois continentes.

3) Algumas das maiores cidades da Europa no século X foram construídas por Vikings tais como Kiev, Minsk e Moscou. Aliás, foram os Vikings que criaram as primeiras cidades estado que, séculos depois viriam a se unir e se transformar no Império Russo.

4) Dentro da cultura Viking, ser astuto era tão importante quanto ser valente ou forte. Nesse sentido, Loki era uma deidade tão adorada quanto o próprio Thor e não tinha qualquer aspecto maléfico ou diabólico. Loki somente passa a ser visto como um deus "do mal" quando a ética judaico cristã começa a interpretar os mitos escandinavos, associando-o a satã que, por essa época, ganha o epiteto de "o príncipe das mentiras".

5) Os guerreiros Vikings jamais usaram elmos de guerra com os famosos chifres. Como o principal alvo dos vikings eram os monastérios e igrejas (locais onde estavam guardadas quase todas as riquezas da Europa medieval), os religiosos começaram a descrever os guerreiros Vikings como demônios, dando início a imagem do bárbaro furioso, sádico e, claro, chifrudo.

Cinco verdades sobre a Grécia Antiga e as Guerras Médias.

1) O Império Persa apenas invadiu a Grécia a pedido das cidades estado gregas da Ásia Menor, que desejavam se livrar da opressão que sofriam por parte dosespartanos.

2) Os persas não perderam a guerra contra os gregos. Após a batalha naval de Artemísia, Xerxes considerou que os custos da guerra não justificavam os parcos lucros que teria com a conquistas das empobrecidas cidades gregas e resolveu dar um fim a campanha.

3) Nunca houve democracia na Grécia. De todas as cidades estado, apenas Atenas adotou o sistema e, mesmo assim, era uma democracia que excluía a maior parte do "demos" (povo em grego), tendo em vista que excluía dos processos decisórios mulheres, estrangeiros residentes e escravizados, contingente que, somado, perfazia mais de 60% da população ateniense do período.

4) A sociedade espartana era cruel, violenta, elitista e corrupta. Era prática comum (inclusive constando como parte do treinamento dos esparciatas) que jovens aristocratas invadissem as moradias da população mais pobre da pólis para cometer assassinatos a sangue frio. A prática era, inclusive, uma forma do governo conter o aumento da população mais pobre, contendo suas revoltas constantes.

5) Os 300 eram, na verdade, entre 3 e 5 mil soldados provenientes de várias cidades gregas sob o domínio de Esparta e o milhão de soldados persas, na verdade, não passavam de coisa de 10 mil, o que nos mostra que a diferença entre as forças na batalha das Termópilas não era tão desproporcional assim.

sábado, 17 de agosto de 2013

Carta aberta sobre a greve dos professores do estado

Aos meus amigos e amigas das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro. Saudações!
Hoje, mais uma vez, nossa categoria se mobilizou para se levantar contra os desmandos e descalabros da política educacional em nosso estado e, mas uma vez, a resposta do governo e de seus capangas é a violência, seja ela física (as agressões promovidas pela PM - sempre ela - contra professores em movimentos pacíficos), moral (telefonemas ameaçadores que acenam com a ridícula possibilidade de exoneração de servidores públicos contratados) ou econômica (a ameaça COVARDE de corte de ponto) e, mais uma vez, temos a categoria dividida entre aqueles que aceitam a responsabilidade de lutar por uma política educacional justa e correta e aqueles que se acovardam e continuam abaixando a cabeça para os absurdos verticalmente impostos.
Amigos, vivemos um momento ímpar nas últimas 3 décadas, vivemos um momento em que, pela primeira vez em muito tempo, os poderosos estão acuados e a população nos apoia em nossa luta, vivemos um momento em que podemos, finalmente, nos fazer ouvir e impor nossa vontade sobres os canalhas que diariamente nos oprimem e nos violentam.
Porém, para isso, é preciso lutar!
Não se deixem intimidar pela brutalidade dos poderosos, não se deixem iludir pelas MENTIRAS da grande mídia, não nos deixemos acovardar pela pequenez mesquinha dos "Bônus para os puxa sacos" e "vales coxinhas" com os quais tentam nos calar, unamo-nos ao invés de nos dividir.
VAMOS PARA A RUA! chega de meritocracia! chega de economistas e administradores dizendo o que é melhor para a educação! chega de sermos humilhados e violentados em silêncio! BASTA!

Obrigado pela atenção. Um grande abraço
FÁBIO CAMPELO TEIXEIRA
Professor do estado, C.E. Honório Lima.